A cidade de Holambra, localizada no interior de São Paulo, ganhou a Rota das Flores, um percurso de 14 quilômetros em asfalto para promover a convivência harmoniosa entre ciclistas e motoristas. A ideia da criação do trajeto surgiu a partir da reunião e workshops entre grupos de ciclistas, formados por atletas profissionais, equipes e assessorias esportivas, além de representantes dos setores públicos e privados. Assim, o projeto foi lançado pelo grupo CCR e pelo governo do Estado de São Paulo.
De acordo com a fala do ciclista Felipe Pipo Campagnolla, o qual participou da criação da ciclorota, “a intenção foi criar uma rota bem sinalizada para que exista uma convivência maior entre motorista e ciclista, o que ajudará a diminuir o número de acidentes”, já que, atualmente tem muita gente que tem medo de andar de bicicleta em ruas mais pavimentadas de carros e alta velocidade.
Dessa forma, com esse propósito em mente, a estrada escolhida para servir de modelo experimental foi a rodovia municipal HBR-040, na qual, obras garantiram melhorias no asfalto e mais sinalização. O que se espera atualmente é que o trecho possa ser utilizado mais frequentemente pelos ciclistas. “A cada seis meses, vai haver uma vistoria para manter uma qualidade mínima da rota”, diz Pipo, como o ciclista é conhecido. “O mais importante de tudo, que é a ideia do projeto, é tentar criar consciência.”
PAISAGEM
Lançamento da ‘Rota das Flores’ acontece em Holambra. Foto: Shutterstock.
O farmacêutico Elvis Rocha de Jesus, de 32 anos, morador de Jaguariúna, cidade acerca de 17 quilômetro de Holambra, diz que sempre que está disponível, pega a sua bicicleta e vai pedalar na Rota das Flores. “É um local agradável, com paisagem aberta e tranquilo em relação ao trânsito. A vista é muito legal e é bom sair da área urbana. Na primavera, tudo fica ainda mais agradável.”
A Rota das Flores tem pista simples e é a primeira estrada bike friendly nesse projeto da CCR. O caminho conta com lombadas para desaceleração dos veículos e muitas placas de sinalização para motoristas e ciclistas. No caminho, pode-se observar sítios de produtores de flores, com estufas para plantas ornamentais. O fato de que há poucos veículos circulando é com certeza um ponto positivo. Desta forma, na opinião de Pipo, a única questão crítica da rota é a falta de sombra.
TURISMO LOCAL
Plantação de girassóis em Holambra. Foto: Deisy Rodrigues
Na visão de Pipo, a Rota das Flores possui um grande potencial, já que ela é um trajeto curto, cheio de singularidade, no qual é recheado com a cultura da cidade. Assim, ao longo da pedala, pode-se aproveitar e fazer o turismo pelas fazendas, passeando pela região. “Venham para curtir o pedal, mas aproveitem para conhecer a cidade, que conta com boa estrutura e é tranquila”, afirma Pipo. “A dificuldade técnica não é grande. Mas é preciso trazer a bicicleta, pois ainda não há estrutura para alugar o equipamento.”
EXPANSÃO
Devido ao crescimento da prática do ciclismo em estradas com grande volume de tráfego, o qual traz diversos riscos de segurança, a concessionária CCR idealizou rotas alternativas. Com isso, nota-se que a experiência de Holambra é a primeira e inspiradas nela, muitas outras já estão saindo do papel, como o caso do trajeto conhecido como ‘Rota das Frutas’ que irá cruzar municípios de Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Itatiba. De acordo com a previsão, espera-se que o lançamento do novo trecho seja em janeiro.
Segundo a concessionária, serão cinco Ciclo Rotas no total, com mais de 300 quilômetros de vias. O investimento de R$5 milhões inclui reforma ou adaptação da infraestrutura das pistas serviços de recapeamento, conservação, instalação de placas e melhorias na engenharia de tráfego, pensados para acolher os ciclistas e demais visitantes.
Foram escolhidos trechos próximos da capital, com infraestrutura e potencial turístico. Assim, segundo a CCR, é uma forma de despertar interesse dos ciclistas e gerar renda ao turismo local a partir do cicloturismo.
NA PRIMAVERA, CAMPOS AO LONGO DA ROTA FICAM COBERTOS DE FLORES
A linda Holambra, uma cidade conhecida pelas suas maravilhosas flores, muda a sua paisagem ao longo das estações do ano. Assim, ao longo dos anos, nem sempre o trecho da ciclorrota estará repleto de flores, dependendo da época do ano. Com isso, para que consiga ver uma região florida, o melhor período seria entre setembro e outubro, já que seria o início da Primavera.
“É um trajeto bonito, mas a gente não vai ver flores o ano todo, porque tem muita coisa em estufa. Mas é uma área rural, com poucas casas, muito verde e vegetação baixa, o que possibilita ver o horizonte”, explica o ciclista Pipo Campagnolla. – “Mas há momentos do ano em que você vai passar por campos cobertos de flores. Aí parece que você está pedalando em outro lugar”.
Uma curiosidade interessante seria a Exploflora, a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, na qual se realiza na época da primavera, com milhares de visitantes, o que move também o turismo local, juntamente com o incentivo do uso de bicicletas.
Matéria base originalmente publicada em UOL
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